sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Sobre o apanhar...

O coração bate, e o corpo todo apanha
Pulsa forte
Posso sentir o compasso das batidas do meu coração
Fazer vibrar as várias partes do meu corpo
Braços, mãos, dedos, pernas e pés

Incontrolavelmente
Insuportavelmente.

E o peito a doer
E a vontade de poder vomitar 
Este tolo coração 
Só para não mais senti-lo bater forte em mim
Todas as vezes em que penso em ti.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Sobre a reclamação...

O tempo passa cheio de silêncio,
e dentro desse silêncio tanto sentimento há, em mim.

O coração reclama coisas 

que as palavras não conseguem exprimir.
E esse reclamar nem com revolta é,
é com uma tristeza... que me faz parar no tempo,
lamentar, e suspirar.
Ele reclama como quem pasma em face de uma decepção da vida.

E eu que sempre me defendo, mas que sempre

sou vencida, me sinto derrotada
pela minha sentimentalidade. 

Mania de sempre sentir como se fosse a primeira vez!

Ou seria como se fosse a última?

O lado ruim do querer é ter que desquerer

o que tanto se quer.
Como esquecer quando não se aceita essa necessidade?
Se desde há muito não deixei de te querer,
nem um pouquinho sequer. Tem sido como sempre foi.

É até maldade desfazer de um querer assim!

Eu por achar que mereço você, e pela primeira vez
achar que alguém merece a mim.

Entrego a memória ao tempo,

mas sempre torço para que eu não precise mesmo
te esquecer.
Mas como para o Tempo eu não tenho querer...

Resigno-me, e só espero 

para assistir você viver com outra,
a vida que eu sonhei viver com você.

Talvez se eu pudesse ver o que há a minha frente, 

não olhasse tanto para trás,
te mantendo,
ainda que insistentemente,
no meu presente.

É difícil estar pronto pr'o que não há de ser.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Sobre o encontro...

A lembrança daquele olhar pesa
Pesa na memória
Pesa neste pobre coração...

Os olhos que dantes brilhavam ao encontrarem os meus
Hoje nem os veem mais.

Como uma sombra anônima passo em tua vista
Como se nada aconteceu
Como se aquele brilho nunca existiu...

Para onde foi
O sorriso que o teu olhar sorria ao cruzar com o meu?

Decerto, ele achou mais graça em outro alguém
e passou a sorrir em outro olhar...

Pena dá de mim que sempre fico assim ao te encontrar
Esperando que o teu olhar
Novamente possa sorrir
Pra mim.

Meus olhos que sorriem ao te avistar
Logo caem em desprazer
quando tu não os vês.


sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Sobre a poesia...

A vida sem poesia, para mim,
seria uma vida sem beleza.
Porque ainda quando triste,
a poesia é uma beleza.