domingo, 6 de novembro de 2016

sobre o escuro...

como alguém tateando cego 
no escuro
sem habilidade para se guiar
derrubando tudo que encontrava pela frente
machucando[-se em] tudo que não saía do lugar
eu ia
tentando arrumar a bagunça já feita,
mas ainda sem enxergar,
só fazia piorar
porque na volta outras coisas derrubava
e o estrago só aumentava.
quando é assim, o ideal é seguir em frente
até a luz encontrar
e deixar o que ficou pra trás, 
sob o jugo da ignorância. 
e num novo percurso, com a luz do saber
há de haver tato e todos os sentidos.
tentar insistir em voltar,
pelo mesmo caminho,
às vezes,
é dá rasteira em si mesmo.

[06 de novembro de 2016]