quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Sobre o decorar...

Decorei você
O cheiro, o gosto, os gestos.
Decorei você como se assim precisasse
Para sempre apreender e reaprender
A con[tigo]viver

E viver
O calor da pele
O pulsar dos nervos
Outra vez.

Tudo gravado na memória está
E sobretudo, no corpo, no desejo em estar
A queimar de novo
Como se assim fosse para manter
Aceso o fogo que arde e flameja
Relutante em apagar
Reacendendo cada vez mais forte
Com as lembranças de você.

A sua cor é fulgor
Sua pele calor
O seu sabor néctar
E o seu cheiro é flor
O único que sinto prazer em sentir.

Decorei você, sem me esforçar
Como se assim devesse ser...
Para te aprender, e ter.