quarta-feira, 27 de junho de 2018

Às vezes, vejo teu sorriso (tão raro) por aí,
teus olhos brandos, cabelos, ombros
uma t-shirt branca...
E sinto um aperto no peito,
uma vontade de te ver de novo.

27 de junho de 2018
A tua lembrança pousa no meu pensamento, assim do nada.
Então sinto falta,
Desejo aqueles raros momentos...
E a solidão se instala.
Coisas boas aconteciam entre nós,
mas as coisas ruins não deveriam me deixar querer você.
É preciso mesmo ter paciência com o que se sente:
a gente, o outro, todos.
Nem tudo se pode controlar.

23 de junho de 2018

domingo, 3 de junho de 2018

sobre a chuva...

é de tarde, 
uma chuva passageira cai
e da janela o que vejo me faz pensar:
assim como na chuva os passarinhos fogem
procurando um lugar para se abrigar,
você se esconde no seu ninho, 
sozinho,
imune ao amor, 
evitando se molhar.

25 de maio de 2018.

sexta-feira, 1 de junho de 2018

sobre o movimento...

Cada um com sua vida, sua história
travando sua batalha
diária.
É só olhar ao redor,
quem há de julgar
o ser do outro
e a sua coleção
de derrotas
e a esperança
de mudanças?
Para cada dia de esforço, o velho "tá osso"
e que desgosto esse mundo de desiguais.
Desigualdade cruel em que poucos têm mais, demais até.
Quando tivermos coragem de confrontar o meio
e ver no outro a história que [per]passa,
quem haverá de não sentir apertar o peito,
mesmo sendo no contratempo
de uma viagem num transporte público,
de uma andança na cidade louca,
apressada e distraída?

08 de janeiro de 2018

sobre o...

Se ainda mexe e deixa tudo por dentro ressentido,
pra que fingir que passa despercebido?
É preciso que não se veja nem se ouça
o que o olhos não aguentam ver,
o que os ouvidos não suportam ouvir...
Exige força, mas é preciso se fazer ir.
Sem olhar para trás, onde não há nada real,
que corresponda ao que o coração espera ter,
mas que assim como não tem não terá.
Nem tudo que não existe vem a ser.

18 de fevereiro de 2018

sobre as lágrimas...

É fim de tarde e chove,
estou num ônibus lotado
e os pingos da chuva na janela
fazem o vidro ficar embaçado;
assim como meu coração fica
com as lágrimas que não se podem ver.

[06 de abril de 2018]